Em meio à crescente urgência por soluções energéticas sustentáveis, Foz do Iguaçu se destacou mais uma vez no cenário internacional.
No dia 1º de outubro, a cidade recebeu o painel “Foz do Iguaçu: Como o ecossistema tem desenvolvido ações que estimulam e aceleram a transição energética no Brasil”, organizado pelo Itaipu Parquetec, durante a Clean Energy Ministerial (CEM) e Mission Innovation (MI).
O evento, realizado em paralelo ao encontro do G20, trouxe à tona discussões essenciais sobre o papel de Foz como um hub de inovação no setor energético.
O painel, realizado no Hotel Mabu Thermas, reuniu nomes de peso como Carlos Carboni, diretor de Coordenação da Itaipu Binacional; Alexandre Leite, diretor de Tecnologias do Itaipu Parquetec; Felipe Marques, diretor de Desenvolvimento Tecnológico do CIBiogás; e Janine Padilha Botton, vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Energia e Sustentabilidade da Unila.
Moderado por Clerione Herther, diretora Administrativo-Financeira do Itaipu Parquetec, o debate foi uma imersão no ecossistema de inovação que está transformando a maneira como o Brasil enxerga sua matriz energética.
Foz do Iguaçu: O epicentro da transição energética brasileira
À primeira vista, Foz do Iguaçu é conhecida mundialmente por sua icônica usina hidrelétrica. Mas, como ficou claro durante o painel, a cidade está muito além de suas cataratas e da geração de energia hidrelétrica.
Hoje, Foz desponta como um polo estratégico para a inovação em energias renováveis, transformando desafios globais em soluções regionais.
Carlos Carboni destacou esse papel crucial da cidade, reafirmando o compromisso da Itaipu Binacional com a sustentabilidade: “Itaipu não é mais apenas sinônimo de hidrelétrica.
Estamos expandindo nossos horizontes e colaborando ativamente com novas formas de energia renovável. O futuro é múltiplo, e estamos prontos para liderar essa transformação.”
Com essa declaração, Carboni traçou uma visão clara de como Itaipu se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em especial o ODS 7, que busca garantir energia limpa e acessível.
Mas o impacto da cidade vai além da geração de energia — Foz se tornou um verdadeiro laboratório de soluções energéticas, impulsionado pelo trabalho conjunto de empresas, academia e centros de pesquisa.
Inovação tecnológica que transcende fronteiras
O painel trouxe à tona inovações tecnológicas desenvolvidas pelo Itaipu Parquetec e pelo CIBiogás, que estão acelerando a transição energética no Brasil.
Alexandre Leite, diretor do Itaipu Parquetec, destacou como as inovações tecnológicas locais estão diretamente conectadas ao esforço global de descarbonização: “Aqui, em Foz do Iguaçu, estamos criando o futuro da energia limpa.
Cada inovação que desenvolvemos é uma peça fundamental para construir um Brasil mais sustentável e competitivo.”
Leite não apenas discorreu sobre as inovações, mas também sobre o papel estratégico de Foz do Iguaçu como um ecossistema de inovação.
O Itaipu Parquetec tem sido um facilitador essencial, conectando empresas e universidades, fomentando o desenvolvimento de tecnologias que têm o potencial de revolucionar o setor energético.
Já Felipe Marques, do CIBiogás, trouxe à tona a importância das fontes alternativas de energia para garantir a estabilidade energética do Brasil.
Ele falou com entusiasmo sobre o papel promissor do biogás, especialmente para o setor de aviação, destacando o potencial do SAF (Sustainable Aviation Fuel) como uma rota promissora para a descarbonização do setor aéreo.
Um polo de inovação em um Brasil emergente
A cidade de Foz do Iguaçu se apresenta como um modelo para o Brasil e para países emergentes que buscam atrair investimentos e transformar suas matrizes energéticas.
E o desafio não é pequeno. Embora representem apenas 10% da riqueza global, os países emergentes respondem por 40% da demanda por investimentos em energia limpa. A pergunta que ecoou durante o painel foi: como mitigar essa disparidade?
Os painelistas discutiram como Foz do Iguaçu, ao integrar academia, empresas e centros de inovação, conseguiu criar um ambiente capaz de atrair investidores internacionais, algo que outras cidades brasileiras podem e devem replicar.
Foz oferece não apenas soluções tecnológicas, mas também um modelo de governança e cooperação que pode impulsionar o Brasil a uma posição de liderança global na transição energética.
Um legado para o futuro
Enquanto o sol se punha sobre as margens do rio Paraná, ficou claro que as discussões travadas durante o painel ecoarão além de Foz do Iguaçu.
A cidade, uma joia energética do Brasil, não está apenas acompanhando a corrida global por energias limpas — ela está na linha de frente, criando soluções que podem influenciar o futuro do Brasil e do mundo.
O compromisso da Itaipu Binacional e do Itaipu Parquetec em fomentar discussões sobre a transição energética, vinculados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, reforça a visão de um Brasil que olha para o futuro com inovação, responsabilidade e ação coordenada.
A cidade de Foz do Iguaçu é, sem dúvida, um exemplo vivo de como a colaboração entre ciência, tecnologia e vontade política pode mudar o curso da história energética de uma nação.
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